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Vitória eugénia de battenberg
Infância
Nascida no Castelo de Balmoral, na Escócia, Vitória Eugênia era a única filha do príncipe Henrique de Battenberg e de sua esposa, a princesa Beatriz do Reino Unido, a última filha da rainha Vitória e do príncipe Alberto. Vitória recebeu o nome de suas avós e de sua madrinha, a imperatriz Eugênia, viúva de Napoleão III. Entre seus familiares, era conhecida como Ena.
Tinha dois irmãos mais velhos, Alexander e Leopold, e um irmão caçula, Maurice.
A princesa Ena cresceu na corte da rainha Vitória, passando sua infância no Castelo de Windsor, Balmoral e Osborne House, na Ilha de Wight. Seu pai, depois de contrair malária em Prahsu, em Gana, morreu em 1896, quando Vitória Eugênia tinha apenas oito anos de idade. Após a morte da rainha, em 1901, a família Battenberg estabeleceu residência no Palácio de Kensington, em Londres.
Em 1905, a princesa assistiu a uma festa organizada por seu tio, o rei Eduardo VII, dada em honra de Afonso XIII da Espanha. O monarca espanhol cortejou a jovem princesa, apesar da oposição a um possível matrimônio.
A rainha Maria Cristina, mãe de Afonso XIII, não era partidária da união entre seu filho e Vitória Eugênia, por causa das origens do ramo Battenberg. Além disso, a princesa ostentava unicamente o tratamento de Alteza Sereníssima, o qual era considerado inferior por Maria Cristina.
Casamento
Apesar da oposição, no dia 9 de março de 1906, a Casa Real da Espanha anunciou o compromisso matrimonial entre o rei Afonso XIII e a princesa Vitória Eugênia. A notícia preocupou o povo espanhol, tendo em vista que a noiva era protestante e não tinha categoria suficiente.
Foi obrigada a converter-se ao catolicismo. Foi rebatizada na diocese católica de Nottingham e na Igreja de São Sebastião de Madri, dois dias antes do casamento. Seu tio, Eduardo VII, concedeu-lhe o tratamento de Alteza Real em 3 de abril de 1906. A cerimônia ocorreu na Igreja de São Jerônimo, no dia 31 de março daquele ano.
O casal dirigiu-se após a cerimônia para o Palácio Real de Madri, sofrendo no caminho um atentado executado pelo anarquista Mateo Morral, mas ambos sobreviveram.
Descendência
* Afonso Pio Cristino Eduardo, hemofílico Príncipe das Astúrias, renunciou ao trono em 1936 para contrair matrimónio com uma plebeia, tornando-se Conde de Covadonga, desde então.
* Jaime Leopoldo Isabelino Henrique, o chamado "infante surdo", devido à surdez, consequência de uma operação, renunciando aos seus direitos ao trono em 1933, tornando-se, desde então, Duque de Segóvia, e, mais tarde, Duque de Madrid, tal como pretendente ao trono de França, desde 1941 a 1975, e Duque de Anjou.
* Beatriz Isabel Frederica Afonsa Eugénia, infanta de Espanha, nascida em Madrid e falecida em Roma.
* Fernando, nascido morto em 1910.
* Maria Cristina Teresa Alexandra, infanta de Espanha.
* João Carlos Teresa Silvestre Afonso, Conde de Barcelona, casou com Maria das Mercedes de Bourbon, Princesa das Duas Sicílias.
* Gonçalo Manuel Maria Bernardo, nascido hemofílico.
A tendência hemofílica desta família provém da Rainha Vitória, que já portava o gene e que o espalhou, através dos seus filhos, pela maioria das casas reais europeias. Como Beatriz, a mãe de Vitória Eugénia, era filha da Rainha Vitória, alguns dos seus filhos e netos nasceram hemofílicos.
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