Aspectos Clínicos DA MENINGITE
Crianças maiores e adultos: início geralmente súbito, com febre, cefaléia intensa, náuseas, vômitos e rigidez de nuca, acompanhada, em alguns casos, por exantema petequial. Associam-se sinais de irritação meníngea, conforme a descrição que se segue:
Sinal de Kernig: resposta em flexão da articulação do joelho, quando a coxa é colocada em certo grau de flexão relativo ao tronco. Há duas formas de se pesquisar esse sinal:
paciente em decúbito dorsal: eleva-se o tronco, fletindo-o sobre a bacia; há flexão da perna sobre a coxa e dessa sobre a bacia; e
paciente em decúbito dorsal: eleva-se o membro inferior em extensão, fletindo-o sobre a bacia, após pequena angulação, há flexão de perna sobre a coxa. Essa variante chama-se, também, manobra de Laségue.
Sinal de Brudzinski
Flexão involuntária da perna sobre a coxa e dessa sobre a bacia ao se tentar ante-fletir a cabeça. Delírio e coma podem surgir no início da doença ocorrendo, às vezes, casos fulminantes com sinais de choque. Dependendo do grau de comprometimento encefálico (meningoencefalite), o paciente poderá apresentar também convulsões, paralisias, tremores, transtornos pupilares, hipoacusia, ptose palpebral e nistagmo.
Crianças até oito ou nove meses
A meningite em crianças dessa faixa etária raramente apresenta sinais de irritação meníngea. Outros sinais e sintomas permitem a suspeita diagnóstica, tais como: febre, irritabilidade ou agitação, grito meníngeo e recusa alimentar acompanhada ou não de vômitos, convulsões e abaulamento da fontanela.
