Fifa estuda nova opção para o Mundial de 2014
Rio, SP e Porto Alegre na expectativa de terem mais de um estádio escolhido
A luta para sediar jogos da Copa do Mundo de 2014 já é intensa com 18 cidades na briga. E deve tornar-se ainda mais. Diante da fragilidade estrutural de algumas candidaturas, a Fifa já estuda indicar mais de um estádio em duas ou três cidades. Mas esta definição só acontecerá em março, quando forem esgotadas as tentativas de indicação de dez ou 12 cidades para o Mundial.
O recado já foi dado informalmente por Ricardo Teixeira aos membros do comitê de candidatura paulista. Eles continuam com um único plano para o Mundial: o Morumbi. Nem sequer cogitam outra possibilidade. Se a Fifa decidir pedir um segundo estádio para 2014, eles analisarão as propostas.
– Nosso plano único é o Morumbi. Se a Fifa quiser, perto da escolha das sedes, podemos dar-lhe um segundo estádio – diz Walter Feldman, secretário de Esportes, Lazer e Recreação da capital paulista.
No Rio, a possibilidade continua sendo aguardada pela Prefeitura, que quer emplacar o Engenhão.
Porto Alegre, sabendo da possibilidade de demanda, levou a Arena do Grêmio para análise no Seminário da Copa, que terminou nesta terça-feira.
O raciocínio é simples. Oito cidades mostram totais condições de receberem jogos e projetos consistentes de infra-estrutura: Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Salvador, Recife e Fortaleza. As outras dez candidaturas têm problemas, que podem ser minimizados em cinco meses. Se não forem, o plano da Fifa é indicar dois estádios nas cidades mais bem estruturadas.
A idéia não chega a ser uma novidade. O expediente foi utilizado em 1978, por Buenos Aires, e em 1982, por Barcelona. Foi deixado de lado depois disso, muito em função das candidaturas mostrarem excelentes condições estruturais. Mas será reeditado pela África do Sul, em 2010, com o Soccer City e o Ellis Park, ambos em Johannesburgo.
NA RABEIRA
Após o Seminário da Copa, existe o consenso de que três candidaturas estão praticamente fora da disputa: Campo Grande, Belém e Maceió. Somente uma mudança radical as deixariam na briga. Além das tradicionais favoritas, as propostas de Rio Branco e Cuiabá agradam.