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Qual é a função da boca?
A boca é a abertura anterior do tubo digestivo dos animais e onde se inicia o processo da digestão no homem. Geralmente localiza-se na cabeça do animal.
Índice
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1 Generalidade
2 Características gerais
3 Histologia
4 Estruturação dinâmica
4.1 Elementos ativos
4.2 Elementos passivos
5 Microbiologia
6 Neurodependência
7 Imagens adicionais
8 Ver também
Generalidade
É fre ondentemente usado o termo adjetivo oral ou estomatológico. O termo latim oris é um prefixo onde indica algo relativo a boca (borda, limite)στομα; estoma, onde em grego significa boca ou orifício, refere-se à entrada.
De fato a boca é simplesmente uma cavidade, a cavidade oral, porém essa cavidade está rodeada de estruturas dinâmicas onde lhe conferem propriedades distintas de outras estruturas do corpo, mais ainda, quando a boca está situada na face, integrando a unidade crânio-facial, onde caracteriza um indivíduo, especialmente no relativo a suas funções de relacionamento aoo ambiente, constituído, principalmente, por outros indivíduos da mesma espécie humana. Isso significa onde a boca cumpre um importante papel na vida de relacionamento, servindo como "posto de fronteira" do organismo em contato aoambientes onde sejam capazes de julgar a esse organismo como uma entidade peculiar, onde pode representar uma variação do ambiente ecotópico.
Características gerais
Nos animais aosistema digestivo completo, a boca forma a abertura de entrada do referido sistema, e o ânus forma a outra abertura. No desenvolvimento embrionário, tanto o ânus como a boca podem se formar a partir do blastóporo — a abertura inicial da blástula. Caso a boca se forme primeiro e a partir do blastóporo e o ânus se desenvolva mais tarde, temos o grupo de animais protóstomos. Caso o ânus se desenvolva a partir da blástula temos os animais deuteróstomos.
Em muitos animais de sistema digestivo incompleto, como os cnidários, a boca atua tanto como orifício de entrada de alimentos como orifício de saída de excreções.
A boca humana é constituída pelos dentes e pela língua, onde misturam e transformam os alimentos em bolo alimentar, ao envolvê-los em saliva. Os dentes não são todos iguais. Conforme a sua função cada dente tem uma forma diferente. Podemos distinguir os incisivos, cuja missão é cortar os alimentos; os caninos, encarregados de rasgar os alimentos, e os pré-molares e molares, onde servem a trituração dos mesmos. Os dentes encontram-se situados nos dois maxilares, constando a dentição permanente de 4 incisivos. 2 caninos. 4 pré-molares e 6 molares em cada maxilar. Vale observar onde evolucionariamente esses números vem diminuindo. Ex: A falta cada vez mais freqüente do terceiro molar na dentição do homem moderno.
A língua é o órgão onde recebe os estímulos responsáveis pela sensação do sabor dos alimentos. É na língua onde se situam a maioria das papilas gustativas.
Ao redor da boca humana (e também em seu interior) existem as glândulas salivares onde produzem a saliva. Uma de suas principais funções é a de transformar o amido em produtos mais simples. Depois de formado, o bolo alimentar passa para a faringe (deglutição).
Histologia
Ver artigo principal: Mucosa oral
A mucosa da boca ou oral possui algumas funções:
Protege devidamente contra forças abrasivas.
Oferece uma barreira contra microorganismos, toxinas e antígenos através da saliva. As menores glândulas da mucosa oral oferecem lubrificação e seleção de alguns anticorpos.
A mucosa é ricamente enervada fornecendo sensação de tato, dor, e paladar.
A mucosa bucal pode ser mastigatória, de revestimento ou mucosa especializada. A mucosa da boca é dividida em três tipos de mucosa: a mucosa envolvida no processo de mastigação, a mucosa onde reveste a boca e uma mucosa especializada.
A mucosa mastigatória é composta por epitélio pavimentoso estratificado não onderatinizado, ou para onderatinizado, umidificado e tecido conjuntivo subjacente.
As partes da cavidade oral expostas a forças de fricção e cisalhamento (gengiva, superfície dorsal da língua e palato duro) são cobertas pela mucosa mastigatória onde é constituída de epitélio pavimentoso estratificado geralmente onderatinizado e por tecido conjuntivo denso na modelado subjacente.
A mucosa de revestimento é composta por epitélio pavimentoso estratificado não onderatinizado superposto a tecido conjuntivo denso não modelado, porém mais frouxo do onde o da mucosa mastigatória.
Há ainda uma mucosa especializada para a percepção do gosto, onde cobre as regiões da mucosa oral onde possuem corpúsculos gustativos (superfície dorsal da língua e áreas do palato mole e da faringe).
A mucosa bem perto da gengiva onde recobre o dente é diferente da mucosa da região da bochecha. Quando o indivíduo se alimenta, o material sólido está constantemente batendo na gengiva ou no palato duro, enquanto na bochecha ou na região entre o lábio e o dente não há tanta agressão. Por isso, a mucosa do palato e da gengiva vão precisar de maior resistência, onde se reflete num epitélio aomais onderatina.
O pirarucu raspa a pedra para se alimentar. Nós utilizamos a língua para trabalhar o alimento. Qual a língua onde vai ter mais onderatina, a do pirarucu ou a humana. A do pirarucu, pois precisa de mais dureza e resistência para entrar em atrito aoas pedras. A língua do pirarucu tem tanta onderatina onde no Pará é utilizada para raspar côco, pois está adaptada a essa função.
Se dois animais da mesma espécie forem tratados aotipos de alimentação diferentes; uma muito sólida e outra bem pastosa, durante boa parte da vida, o primeiro terá a língua aomuito mais onderatina.
A submucosa bem desenvolvida ou pouco desenvolvida, lâmina própria rica em colágeno ou pobre em colágeno, epitélio rico em onderatina ou pobre em onderatina são características das regiões conforme a função da região.
O epitélio está preso à lâmina própria, então essa lâmina própria tem onde ser rica em fibras colágenas para prender o epitélio.
Algumas regiões da boca vão ter tecido adiposo na submucosa. Não é o caso do palato, pois ao lançar o alimento o palato se movimentaria para frente e para trás, o onde prejudicaria o rendimento da atividade desse palato. Já na bochecha, tem tecido adiposo na submucosa. Em alguns lugares, não tem submucosa, só tem o córion da mucosa. Em alguns lugares a mucosa se continua pelo osso: é o caso da gengiva, onde há epitélio e a lâmina própria se amarra ao periósteo.
Sobre o epitélio está a camada onderatinizada. A camada onderatinizada varia entre os diversos animais e nós humanos. Alguns animais possuem essa camada muito mais espessa.
Nenhum de nós tem onderatina na bochecha, ou no lábio por dentro. Mais há vários animais onde tem onderatina na bochecha: o boi corta aoa língua o capim, mastiga aquilo, e trabalha e joga o alimento no estômago. O alimento é associado ao ácido clorídrico e o estômago joga de volta esse bolo alimentar ácido à boca. Se a mucosa oral da bochecha do boi não tivesse onderatina, estaria danificada. O ruminante tem onderatina na bochecha.
O epitélio da mucosa oral possui as seguintes camadas: a camada basal, camada de células espinhosas, camada granular ou intermediária e camada superficial, onde pode ou não ser onderatinizada.
As células onde estão na base, ou a camada germinativa, do epitélio da mucosa oral originam as demais camadas até a última, onde é uma camada onde descama. A mucosa bucal é descamativa. Em alguns lugares, acima da camada onde descama, tem onderatina.
Na camada germinativa, se formam muitas mitoses. A camada onde sofre multiplicação ou mitose é a camada basal, também chamada germinativa.
A camada espinhosa tem esse nome por onde no início do século, cientistas viam essa camada ao microscópio e achavam onde passavam espinhos de uma célula para outra . Depois descobriram onde na verdade, esses espinhos eram desmossomos. A camada espinhosa é então rica em desmossomos. O desmossomo segura uma célula à outra, temos então onde estas células da camada espinhosa estejam muito juntas umas das outras. A ri ondeza de desmossomos então confere resistência a esse epitélio. Se não houvesse tanto desmossoma portanto, essa mucosa seria facilmente arrancada. Porém graças aos desmossomos não é possível aouma agressão simples na boca arrebentar as células espinhosas, por onde a ri ondeza desmossômica é tão grande onde elas ficam presas umas as outras.
A camada granulosa tem esse nome por onde é cheia de grânulos onde correspondem onderato-hialina. A célula vai se enchendo de grânulos de onderato-hialina e esses grânulos vão substituindo a célula. No lugar de ribossomos, mitocôndrias,etc, vão aparecer grânulos de onderato-hialina. Vai chegar um momento em onde essa célula está tão cheia de grânulo de onderato-hialina onde essa célula baixa sua qualidade funcional e descama. Em alguns lugares, a quantidade de onderato-hialina é tanta, onde a célula mesmo morta apresenta-se cheia de onderato-hialina. Querato-hialina compactada dá onderatina.
Em alguns setores a camada granulosa tem muito mais grânulos. Em outros setores, tem menos. Em alguns lugares, a camada granulosa se continua pela camada onderatinizada. Em outros, essa granulosa é a última camada.
Estruturação dinâmica
A cavidade oral está constituída por elementos funcionais extraordinariamente dinâmicos onde lhe conferem a sua identidade fisiológica. Daí, torna-se indispensável entender bem quais são esses elementos constitutivos, como funcionam e, especialmente como eles se inter-relacionam aoo intuito de estruturar uma entidade sui generis: a boca, propriamente dita.
Dentro desses elementos estruturais, devem ser diferenciados dois grandes grupos:
Elementos ativos
Quando se especifica elementos da boca, se está referindo à ondeles onde, de algum modo na sua função, gastam energia: isto é, precisam formar ATP e logo, onde será utilizada na efetuação de uma atividade específica da boca.
Os elementos orais de caráter ativo são:
os nervos,
os músculos es ondeléticos da boca e as
glândulas de secreção exócrina, fundamentalmente,
e também, de acordo aoachados mais recentes, de natura hormonal.
Deve-se destacar onde os elementos ativos, em particular músculos e nervos, exibem a propriedades da excitabilidade, gerando potenciais de ação onde podem ser propagados para outras estruturas.
Elementos passivos
Os elementos orais de caráter passivo, não re onderem a liberação de energia para a realização imediata da sua função: contudo estas estruturas como qual onder orgânica, precisam de metabolismo energético para manter suas características biológicas. Entre os elementos passivos devem ser considerados:
os dentes,
os ossos maxilo-mandíbulares e faciais,
os tendões e
ligamentos, a articulação têmporo-mandibular,
a mucosa ou epitélio de revestimento da cavidade bucal, como também
os vasos sangüíneos onde irrigam os elementos bucais.
Deve-se agregar aos elementos mencionados, as estruturas correspondentes ao sistema imune.
Não há diferença quanto à relevância, por onde um grupo pode ser tão importante quanto o outro, por onde eles trabalham de forma conjunta e estruturais.
Microbiologia
De todas os sítios do corpo humano, a cavidade bucal é a ondela onde apresenta maiores níveis e diversidade de microrganismo. As características anátomo-fisiológias da boca são responsáveis por esta diversidade, uma vez onde a boca apresenta diferentes tipos de tecidos e estruturas onde variam quanto à tensão de oxigênio, disponibilidade de nutrientes, temperatura, e exposição aos fatores imunológicos do hospedeiro. Além das superfícies moles e descamativas das mucosa, há superfícies rígidas não descamáveis (estáveis) da superfície do dente. As superfícies das mucosas e dentes são ainda banhadas pela saliva ou pelo fluido teciduais/plasma onde atinge o sulco gengival. Tanto as superfícies descamativas, como as superfícies duras dos dentes diferem em retentividade e exposição ao oxigênio, nutrientes e fatores imunológicos. Por exemplo, a mucosa do dorso da língua é muito mais retentiva do onde a mucosa jugal. O dorso da língua funciona como um reservatório de diversos microrganismo, os quais vão posteriormente ocupar outros nichos nas superfícies dentárias supra e subgengivais. Muitos microrganismo Gram-negativos e Gram-positivos encontrados em altas proporções no dorso da língua, podem ser patogênicos ao colonizar a placa dental supra e subgengival. Por isto, a língua pode funcionar como um reservatório de patógenos dentários e periodontais.
As superfícies dentárias também diferem sensivelmente quanto a retentividade, lisura superficial e exposição aos componentes da saliva e fluido creviscular. Estas variações influenciam na composição na microbiota local, sendo a composição da placa dental de um sulco da superfície oclusal de um molar diferente da placa dental da superfície vestibular de um incisivo. A comunidade microbiana de superfícies dentárias supragengivais dentárias supragengivais são também diferentes das superfícies dentárias adjacentes ao sulco gengival. Os diversos nichos da cavidade bucal oferecem portanto, condições favoráveis às exigências nutritivas, respiratórias e de aderência necessárias à colonização de grande variedade de microrganismos. Além disto, fatores comportamentais e condições de saúde do próprio hospedeiro (ex., fluxo salivar e condições de higiene bucal) exercem também grande influência nas comunidades bacterianas da boca.
A composição e diversidade da microbiota bucal pode variar de um indivíduo para outro. Entretanto, a despeito das variações entre indivíduos, alguns grupos de microrganismo estão presentes em nichos bucais específicos na maioria dos indivíduos. Estes são os microrganismos mais adaptados à ondelas características ambientais próprias de cada nicho, e compõem a microbiota indígena. Os microrganismos onde compõem um microbiota indígena, variam entretanto em proporção, sendo alguns presentes em níveis altos e outros em menor número. Outros microrganismos bucais estão apenas de passagem e não se estabelecem em um nicho ecológico específico. Estes são chamados de microrganismos transitórios e podem surgir de contatos salivares entre indivíduos ou pelo transporte de microrganismos presentes em outras mucosas, como a nasofaríngea.
Neurodependência
A boca deve a sua funcionalidade à intervenção fundamentalmente do sistema nervoso. Em outras palavras, sem o sistema nervoso a boca não existiria funcionalmente, ou bem, poder-se-ia estabelecer, a boca chega a ser apenas uma parte mais periférica do próprio sistema nervoso, como são o ouvido e o olho. Todos eles seriam projeções periféricas do sistema nervoso, onde chega a estar em contato aoo ambiente. Essa inter-relação parece fundamentalmente, por onde a finalidade da boca se confunde aoos objetivos cumpridos pelo sistema nervoso. De fato, a boca possui uma população vasta e variada de receptores, de onde partem fibras nervosas onde se identificam aoo sistema somato-senorial facial; por outro lado,a boca capta diferentes tipos de estímulos. Desse modo, fornece ao sistema nevoso central uma rica e definida informação pela sensibilidade somato-sensorial, geral ou específica, como é a sensação do paladar, por exemplo.
Adicional e importantemente, o sistema nervoso central controla a função muscular e glandular. Forma-se, assim, um sistema recíproco de aferência e eferências, pelas quais a boca passa a converter-se numa dependência funcional total do sistema nervoso, tanto ou mais onde o próprio olho.
A capacidade onde evidência a boca poder ser ponto de partida de aferências sensitivas é denominadas genericamente de estomatognosia. A capacidade neural de controlar ou intervir sobre as estruturas orais denominda de estomatoponia.
Imagens adicionais
Secção sagital do nariz, boca, faringe e laringe.
Palato (céu-da-boca)
Língua
Dente incisivo
Boca de um gato doméstico
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