Apesar do Rio ter recebido a menor avaliação entre as cidades candidatas finalistas a sediar os Jogos Olímpicos de 2016, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, ressaltou os itens em que a capital fluminense foi bem avaliada.
- Nós temos notas superiores que Chicago em termos de instalações esportivas – enfatiza o dirigente em entrevista coletiva.
Neste quesito, a cidade americana recebeu como nota máxima 7,2, dois décimos atrás do Rio. Nuzman também tocou no ponto da segurança, que considerou aprovada pelo Comitê Olímpico Internacional. Neste quesito, o Rio recebeu notas entre 4,6 e 7.
- Nota 7 em segurança nos dias de hoje no mundo merece aplauso. Esse é um trabalho extraordinário feito no Pan. O quesito transporte também foi aprovado – analisa.
Para o dirigente, o trabalho maior será no quesito acomodações. As notas do Rio ficaram entre 5,5 e 6,4. Chicago e Tóquio receberam 9,8 e 10, respectivamente, como maiores notas.
No final, Nuzman mencionou a conclusão explicou o que significa a passagem para a fase final da escolha dos Jogos de 2016.
- Temos um orgulho muito grande no trabalho que foi feito. O COI conclui que a cidade do Rio é viável para receber os Jogos. Agora é preparar e ajustar para nós seguirmos.
O relatório final do COI sobre as cidades finalistas na disputa por sediar os Jogos Olímpicos de 2016 mostra que o Rio de Janeiro obteve a nota mais baixa entre as candidatas que seguem na disputa. A capital fluminense obteve nota final 6,4, contra 8,3 de Tóquio, 8,1 de Madri e 7 de Chicago. As eliminadas Praga e Baku tiveram notas 5,3 e 4,3, respectivamente.
Doha, capital do Qatar, recebeu nota final 6,9 (melhor que a do Rio de Janeiro), mas foi excluída por ter proposto um período de realização dos Jogos fora do estabelecido pelo COI, que vai de 15 de julho a 31 de agosto. Segundo o Comitê Organizador de Doha, entre 14 e 30 de outubro, as condições climáticas na cidade, que possui um clima quente e seco, são mais amenas.
Mas, apesar de excluída, Doha foi citada no relatório final como uma das cidades com as condições de sediar os Jogos Olímpicos. Com isso, o número de finalistas, que historicamente é de cinco, passou a ser de quatro.
O critério de escolha do COI estabelece que cada um dos itens avaliados tenha um peso na elaboração da nota final de cada candidatura. Os critérios são: Apoio governamental (peso 2); Infra-estrutura (peso 5); Instalações esportivas (peso 4); Vila olímpica (peso 3); Impacto ambiental (peso 2); Acomodações e rede hoteleira (peso 5); Transporte (peso 3); Segurança (peso 3); Experiência em eventos esportivos (peso 2); Economia (peso 3); Aspecto geral e legados (peso 3).
O relatório final do COI mostrou claramente que as candidaturas mais fortes são as de Tóquio e Madri, tendo Chicago como terceira força, muito próximo do Rio de Janeiro. Os pontos que mais influíram nas boas notas das capitais japonesa e espanhola foram infra-estrutura (que tem peso cinco na avaliação), instalações esportivas (peso 4) e acomodações e rede hoteleira (peso 5). Em todas estas, o Rio de Janeiro obteve notas medianas, o que mostra que a cidade precisa melhorar sua organização e sua rede de transportes, aeroportos e hotéis para ter chance de bater as gigantes asiática e européia na disputa.
Por outro lado, os critérios de apoio governamental, instalações esportivas e experiência em eventos esportivos deram ao Rio de Janeiro boas notas, em alguns casos superando Tóquio e Madri, o que é uma prova de que os Jogos Pan-Americanos de 2007 tiveram papel decisivo na imagem da cidade junto do COI.
Vale lembrar que, na disputa pelos Jogos de 2012, Londres, a cidade vencedora, obteve a terceira melhor nota na avaliação inicial, ficando atrás de Paris (8,5 pontos) e Madri (8,3). A capital inglesa, que foi escolhida como sede dos Jogos de 2012, recebeu 7,6 pontos, ficando apenas 0,1 ponto à frente de Nova York.
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